Combinar cores na decoração é uma das maiores dificuldades de amadores e profissionais. Ao invés de entregar-se ao medo e contentar-se com as combinações clássicas, correndo o risco de criar ambientes monótonos e sem graça, que tal recorrer a uma ferramenta bastante simples e muito utilizada no universo da moda?
É bem possível que você já tenha se deparado com um círculo cromático antes, mesmo que não fizesse a menor ideia do uso. O mais conhecido, criado por Isaac Newton, é dividido em 12 partes: doze cores puras criadas a partir da mistura das três cores primárias vermelho, azul e amarelo. Uma cor pura é aquela sem adição de preto ou branco.
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Adaptações deste círculo cromático trazem também tons menos saturados, mais brilhantes ou sombreados. Mas o princípio de uso é sempre o mesmo e segue as leis da harmonização. Se você já tem uma cor em mente para o ambiente, elas provavelmente irão ajudá-lo a definir o restante da paleta.
Cores complementares
As cores complementares são aquelas que possuem maior contraste entre si e, por isso, estão sempre em posições opostas no círculo cromático. É o caso do verde com vermelho ou laranja com azul.
Seu uso despontou com a popularização do color-blocking, baseado justamente no emprego de cores opostas, sólidas e vibrantes. Uma maneira mais discreta de empregar cores complementares na decoração é utilizar uma delas como base para o ambiente e a outra apenas em detalhes.
Cores análogas
São as cores que encontram-se lado a lado no círculo cromático. Seu uso na decoração costuma despertar menos estranheza do que as cores complementares. Algumas combinações clássicas são rosa e vermelho ou azul claro e anil.
Neste contexto, também é possível inserir cores neutras, como branco, bege e preto, sem pesar o ambiente, o que já é um pouco mais complicado quando utilizamos cores complementares.
Complementares decompostas
Caso queira trazer um pouquinho mais de complexidade ao ambiente, as cores complementares decompostas são três pontos equidistantes do círculo cromático, que formam um triângulo. Pode parecer aleatório, mas, na realidade, esta é a lei da harmonização mais utilizada na hora de criar ambientes bem coloridos, mas ainda assim equilibrados.
Ambientes monocromáticos
Mas você pode estar se perguntando: onde entram os ambientes monocromáticos? Chamado popularmente de “tom sobre tom”, a expressão não está muito longe da realidade, afinal, estamos tratando de cores criadas a partir de uma mesma matiz, variando apenas a tonalidade.
Matiz é uma cor pura, sólida e vibrante. Sabe aquele azul céu, bem azul mesmo? Isso é uma matiz. Em ambientes monocromáticos é feito um desmembramento desta cor pura em diferentes tonalidades, a partir da adição de preto ou branco ou da saturação. Assim, criamos diferentes tons de azul semelhantes entre si e, por isso, muito fáceis de combinar.
Uma estratégia mais ousada para criar ambientes monocromáticos é o uso exclusivo da matiz, mas é recomendado certo cuidado com este uso em ambientes residenciais, sob o risco de enjoar rapidamente da cor.