18 janeiro 2023 
Projeto do escritório Mario Cucinella Architects ficou conhecido como a primeira casa impressa em 3D do mundo, feita inteiramente de terra crua (Foto: Divulgação)
Como parte de uma das indústrias que mais polui no mundo, arquitetos e designers estão cada vez mais preocupados em garantir a sustentabilidade de seus projetos e criações. Nos últimos anos, a oferta de materiais sem plástico aumentou consideravelmente, mas ainda há grandes enganações no mercado, com falsos produtos eco-friendly.
Para combater a desinformação, a plataforma Plastic Planet desenvolveu o PlasticFree, um serviço por assinatura que fornece relatórios detalhados sobre mais de 100 alternativas ao plástico, incluindo propriedades, produção e fornecimento.
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O objetivo final, de acordo com a organização, é auxiliar os profissionais a erradicar um trilhão de resíduos plásticos da economia global até 2025. “Nenhum designer no planeta quer fazer lixo de marca”, afirma a co-fundadora Sian Sutherland, a Dezeen. “Eles não foram para uma escola de design e tem tanto cuidado com o que produzem para que acabe em uma lixeira.”
PlasticFree é o resultado de mais de dois anos de pesquisa e desenvolvimento. Como uma fonte confiável e imparcial, cada material foi cuidadosamente avaliado por um conselho de 40 cientistas, de forma a garantir que são, de fato, plástico zero. Todas essas informações foram condensadas em relatórios individuais, resumindo as principais características de cada material, seu estágio de desenvolvimento e credenciais sustentáveis, como economia de água.
Cada perfil também inclui uma lista de questões-chaves que os designers terão que considerar se quiserem trabalhar com o material, como a disponibilidade no mercado ou se precisa ser integrado a um produto reutilizável para oferecer reduções de emissões. “Trata-se de como podemos capacitar os designers, ensinando-lhes quais perguntas devem ser feitas a um fabricante de materiais”, disse Sutherland.
A base de dados da PlasticFree, que será constantemente atualizada, concentra-se nos setores que atualmente usam mais plástico, como embalagens e têxteis. Bambu, cortiça, película aderente à base de batata da Great Wrap e tinta de algas da Living Ink são alguns dos materiais já avaliados, mas, ainda em 2023, mais matérias-primas do setor construtivo devem ser adicionadas à lista.
