20 janeiro 2023 
O porcelanato é um piso frio que oferece conforto térmico durante o verão. Projeto das arquitetas Simone Saccab e Hanna Brancalião (Foto: Mariana Orsi / Divulgação)
O verão demorou, mas chegou! E com a alta nas temperaturas, muita gente se queixa do calor dentro de casa. Cômodos voltados para o sol mais intenso da tarde, poucas janelas ou acabamentos quentes, como a madeira, cobram seu preço nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro. Pensando nisso, elenquei alguns pontos que merecem atenção na hora de refrescar um ambiente muito quente!
Pisos frios
Se você está disposto a reformar o cômodo, uma excelente forma de refrescar o ambiente é apostar nos pisos frios. Sabe aquela sensação de frescor nos pés ao tirar os sapatos em um dia quente? Ela é alcançada com o uso de alguns revestimentos específicos.
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Estes revestimentos são excelentes condutores de calor, ou seja, dissipam o calor com maior facilidade, reduzindo a temperatura ambiente. Por isso, eles são mais gelados ao primeiro toque. Contudo, após um tempo em pé no mesmo lugar, eles tendem a esquentar.
Os pisos frios mais conhecidos são o porcelanato, a cerâmica, o ladrilho hidráulico, as rochas naturais e os cimentícios. Como a maioria deles são polidos, eles podem causar acidentes quando molhados, motivo pelo qual recomendamos o uso de pisos antiderrapantes em áreas molhadas.
Ventilação
Com 30 ºC lá fora, nada se compara a um ambiente com ar-condicionado. Mas isso tem um custo que nem todos podem pagar. Se este é o seu caso, concentre-se na ventilação natural da casa. Isso pode ser valorizado até mesmo com a disposição dos móveis, evitando bloqueios e abrindo espaços para o ar percorrer. Você também pode potencializar a ventilação com ventiladores e climatizadores.
Janelas amplas favorecem a circulação e a ventilação dentro de casa. Projeto do escritório Flávia Campos Arquitetura+Design (Foto: Joao Paulo Oliveira / Divulgação)
Cores
Pode parecer loucura, mas as cores podem potencializar a sensação de calor em um ambiente. É o caso de paredes vermelhas, roxas e pretas, ou mesmo objetos de decoração nessas tonalidades. Durante o verão ou em cômodos muito quentes, é aconselhável manter uma paleta mais sóbria, com tons neutros e pastéis.
Cortinas
Não sei vocês, mas ao entrar em um imóvel, a primeira coisa que me chama atenção é a incidência do sol. A luz natural traz muitos benefícios, mas também pode causar um incômodo durante os dias mais quentes.
Se você tem janelas amplas e ainda não investiu em cortinas ou persianas, este é o momento. Além de oferecerem privacidade, elas amenizam o calor dentro do cômodo. Mantenha as cortinas abertas apenas no início e final do dia, de forma a refrescar a casa.
Iluminação artificial
Pode não parecer, mas a iluminação artificial também gera mais calor. Se o seu cômodo já é naturalmente quente, evite utilizar luzes diretas, deixando de lado holofotes e lâmpadas expostas. Dê preferência aos modelos embutidos ou rasgos de LED para uma iluminação eficiente, mas fresca.
Plantas
O conceito de biofilia está cada vez mais em alta – e não é sem motivo! Trazer as plantas e o verde para dentro de casa é uma forma de melhorar a qualidade de vida, conferindo até mesmo maior conforto térmico.
Uma tese de doutorado da Unicamp chegou a demonstrar que, durante o verão, a diferença entre temperatura externa e interna em um prédio era de 2,59% e chegou a 9,79% com a construção de uma parede verde com trepadeiras na fachada.
As plantas amenizam a sensação de calor durante o verão. Paisagismo e projeto do escritório Ricardo Abreu Arquitetos (Foto: Renato Navarro / Divulgação)
