30 maio 2022 
Projeto do escritório Zooco Estudio com paginação espinha de peixe (Foto: Divulgação)
A paginação indica como deve ser feito o assentamento do piso em um determinado ambiente. Sua escolha influencia diretamente nos cortes necessários no revestimento e, consequentemente, na porcentagem de perda do mesmo. Do ponto de vista estético, ela é responsável pelo padrão formado em pisos e paredes, e pode ser o diferencial na hora de garantir a satisfação do cliente.
A paginação mais comum é a alinhada, onde as peças de mesmo tamanho e formato são dispostas em um perfeito alinhamento. No caso dos revestimentos retangulares, outra opção muito comum é a transpassada, em que as peças são instaladas de forma a causar um desencontro entre suas extremidades. Esta paginação é muito comum em azulejos de metrô ou réguas de madeira, vinílico ou laminado.
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Agora, se o seu cliente tem um perfil mais dinâmico, as paginações em zigue-zague são uma boa pedida para trazer mais movimento aos pisos e paredes. As mais conhecidas são a espinha de peixe e a escama de peixe, irmãs gêmeas frequentemente confundidas.
A paginação em espinha de peixe coloca a peça em uma posição diagonal com relação ao ambiente e às pares (Foto: Pinterest / Reprodução)
No caso da espinha de peixe, as peças retangulares são sempre aplicadas em ângulos de 45° com relação às paredes, ou seja, na diagonal do ambiente. O encaixe entre elas cria consecutivos letras V, como se várias setas apontassem em uma mesma direção. Este geometrismo é muito utilizado para valorizar o pé-direito em paredes.
Já a paginação escama de peixe posiciona as peças perpendicularmente às paredes e às pares (Foto: Episos / Reprodução)
Já na paginação escama de peixe, as peças retangulares são aplicadas em ângulos de 90 º com relação às paredes. Diferente de sua irmã, o encaixe entre as peças criam consecutivas letras L, como se a direção apontada agora fosse diagonal. Este padrão é mais utilizado em pisos para valorizar a amplitude.
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No geral, a paginação em zigue-zague com maior aplicabilidade em projetos contemporâneos é a espinha de peixe. Isso porque o resultado estético é agradável em diversos revestimentos, incluindo azulejos e cerâmicas, enquanto a escama de peixe parece funcionar melhor apenas em tacos de madeira.
Projeto do escritório Bianchi e Lima (Foto: Mariana Orsi / Divulgação)
Em ambos os casos, é importante levar em consideração a perda de revestimentos no processo de corte e assentamento. As perdas variam entre 15 e 25%, o que precisa estar claro no projeto, pois é uma escolha mais cara ao cliente do que a paginação alinhada, impactando diretamente o orçamento.
