Sem dúvida, um dos revestimentos mais utilizados na construção brasileira, o porcelanato merece a fama que tem! Feito a partir de uma mistura de argilas, feldspatos, quartzos e outros materiais, o porcelanato é submetido a uma temperatura de mais de 1300 ºC em seu processo de fabricação. O resultado é uma peça compacta, rígida e homogênea, que leva um corte totalmente reto.
Em termos de absorção e resistência, é considerado um dos melhores materiais que existe para a sua casa, sendo possível utilizá-lo tanto em áreas internas, como externas. Devido às tecnologias de fabricação, é possível ter diversos acabamentos, que reproduzem mármores, madeiras e pedras naturais com perfeição.
A seguir, vamos nos aprofundar nas principais características deste material!
- Resistência
O porcelanato é uma das peças cerâmicas mais resistentes, por apresentar uma base mais rígida e maior espessura, com cerca de 1 cm. Um número para ficar de olho é o PEI (Porcelain Enamel Institute), que varia de 0 a 5 e indica a capacidade daquele piso de suportar o desgaste por atrito, como o tráfego de pessoas. Quanto maior o índice, mais resistente o porcelanato.
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Se a ideia é utilizar o porcelanato no piso, é importante levar em consideração quantas pessoas irão passar por ali e que tipo de sapatos elas usam. No interior da sua casa, a não ser que você dê uma festa por dia, não há muito com o que se preocupar, mas ambientes comerciais já exigem mais atenção.
- Uniformidade
Sua resistência também permite que ele seja cortado na máquina, com quinas perfeitas, enquanto a cerâmica tradicional tem bordas mais irregulares. Isso é importante na hora de assentar a peça, pois possibilita a junta seca: a menor largura possível de um rejunte, cerca de 2 mm.
Esta solução reduz a aparência de sujeira e gera um acabamento mais bonito e homogêneo. Mas fique atento: nem todo porcelanato admite junta seca, por isso, é fundamental ler as orientações do fabricante sobre a largura e o tipo de rejunte recomendado para cada peça.
- Peças maiores
Há alguns anos, produzir revestimentos cerâmicos maiores que 60 cm² era algo improvável. Porém, com o avanço da tecnologia novos tamanhos foram possíveis no mercado de acabamentos, como os SuperFormatos, que ultrapassam 1 m² e se tornaram os queridinhos dos arquitetos.
Essa é uma forte tendência para quem procura valorizar a amplitude em um ambiente e preza por uma estética mais minimalista, sem tanto rejunte. Além disso, as peças maiores permitem a aplicação do porcelanato em bancadas e móveis, sem necessidade de tantas emendas.
- Porosidade
Os porcelanatos, e algumas pedras industrializadas (como o dekton, por exemplo) lideram a lista de materiais menos porosos, enquanto as demais peças cerâmicas são divididas em Grês, Semi-Grês, Semi-porosos e Porosos. A porosidade é medida através do grau de absorção de água:
- Porcelanatos: baixa absorção – resistência mecânica alta (BI a – de 0 a 0,5 %);
- Grês: baixa absorção – resistência mecânica alta (BI b – de 0,5 a 3%);
- Semi-Grês: média absorção – resistência mecânica média (BII a – de 3 a 6%);
- Semi-Porosos: alta absorção – resistência mecânica baixa (BII b – de 6 a 10%);
- Porosos: alta absorção – resistência mecânica baixa (BIII – acima de 10%).
É essencial estar familiarizado com este parâmetro, já que a baixa absorção do porcelanato é o que permite que ele seja utilizado em áreas molhadas e molháveis. Já vi várias pessoas cometendo o erro de comprar um grês achando que era porcelanato e fazer um uso indevido do revestimento!
- Acabamentos
No mercado, os porcelanatos são divididos em técnicos, que não recebem nenhuma camada de esmalte na sua superfície, e esmaltados. Esta segunda categoria pode receber diversos tipos de acabamento, sendo os mais comuns o polido, acetinado e o resistente ao escorregamento.
O tipo polido costuma ser destinado a ambientes secos, como salas de estar e jantar, suíte ou espaços corporativos, uma vez que o polimento o deixa muito escorregadio quando em contato com água. A especificação da versão acetinada é apropriada para áreas molhadas, como lavanderia, cozinha e banheiro, sendo mais resistente ao escorregamento, mas ainda fácil de limpar. A última categoria é voltada para áreas externas, jardins e piscinas, com camada áspera justamente para evitar acidentes.
- Versatilidade
Todas as características anteriores fizeram do porcelanato um dos revestimentos mais versáteis para áreas internas e externas: escolhendo o acabamento correto, é difícil vetar alguma aplicação para o porcelanato. Tanto é que eles são aplicados em pisos, paredes, bancadas, áreas molhadas, molháveis e secas. Basta levar em consideração as indicações de cada fabricante!
Além disso, é muito comum que o porcelanato imite outros revestimentos mais caros, o que as pessoas amam. Mas fiquem atentos: nem todas as imitações são bem feitas, especialmente, de pedras naturais, como o mármore. Na hora de escolher, peça para ver a amostra no chão, porque é a essa distância que você irá encará-la no dia a dia.
Hoje, os porcelanatos que estão mais em alta imitam cimento queimado, concreto ou granilite, trazendo esta estética para áreas molhadas e molháveis, onde os materiais originais não são recomendados.
Confira a seguir 15 ideias diferentes de aplicação para porcelanatos.
Porcelanato no piso
Porcelanato em piso monolítico
Porcelanato na parede
Porcelanato no piso e na parede
Porcelanato no banheiro
Porcelanato na ilha da cozinha
Porcelanato no frontão da cozinha
Porcelanato na churrasqueira
Porcelanato na bancada do banheiro
Painel de porcelanato
Porcelanato no painel de tv
Porcelanato na cabeceira
Porcelanato que imita madeira
Porcelanato que imita granilite
Porcelanato que imita mármore