02 janeiro 2022 
Durante a reforma da cozinha, a escolha de revestimentos para a bancada pode ser um desafio e tanto! São muitas opções disponíveis no mercado. Alguns nomes conhecidos como granito e mármore, e outros que despertam uma confusão natural, como Caesarstone, Silestone, Nanoglass, Corion e Dekton.
Antes de nos aprofundarmos nas características de cada um dos materiais, acho importante destacar que não existe revestimento perfeito, apenas o ideal para a sua realidade. No caso das bancadas, além da estética, é necessário levar em consideração a resistência do material escolhido: que é fundamental para você? Que ele seja resistente a água, riscos, manchas ou altas temperaturas? Responder essas perguntas irá guiá-lo entre as opções disponíveis.
Granito
Projeto do escritório UP3 com granito Matira, da Metamar (Foto: Denilson Machado, do MCA Estúdio / Divulgação | Produção: Andréa Falchi)
O granito é a pedra natural mais utilizada em bancadas por ser muito resistente a desgastes, riscos e impactos. Além disso, apresenta baixa porosidade, ou seja, pode ser utilizada tranquilamente próximo à cuba da cozinha. Considerando essas qualidades e o preço justo, o material costuma ter o melhor custo-benefício do mercado.
Vale destacar que as cores mais claras tendem a ser mais porosas, favorecendo o aparecimento de manchas. Existem muitas opções de cores e acabamentos, que vão do cinza andorinha ao verde do granito ubatuba. Ao invés do acabamento polido, muitos têm preferido o apicoado, que traz um tom sofisticado ao ambiente.
Mármore
Projeto de Fabio Juliani Arquitetura e Construção. As bancadas de mármore são da Di Mármore (Foto: Divulgação / Evelyn Müller)
Outra rocha natural, o mármore é o mais poroso entre os materiais, motivo pelo qual não é muito indicado para bancadas de cozinha. Ainda assim, já foi bastante utilizado neste contexto. Tem uma aparência mais homogênea que o granito, com veios expostos, que lhe conferem um ar elegante, que atrai muita gente.
Além das manchas causadas pela umidade, alimentos com cores fortes como a beterraba também podem causar um verdadeiro estrago no mármore. Por este motivo, é recomendado apenas para quem faz pouquíssimo uso da cozinha ou em bancadas de refeições, que não envolvem o preparo dos alimentos ou a lavagem de louças.
Silestone
Projeto do escritório Escala Arquitetura com bancada em silestone branco (Foto: Divulgação / MCA Estúdio)
O Silestone é um composto feito de quartzo natural e resina de poliéster. Entre as principais vantagens estão a baixíssima absorção de líquidos e a alta resistência a desgastes, riscos e impactos. Possui ainda propriedade antibacteriana graças aos íons de prata na composição, que tornam o material super higiênico. Em contrapartida, as resinas tornam o material pouco resistente a recipientes quentes em sua superfície.
Caesarstone
Projeto do escritório DT Estúdio com bancada em Caesarstone Concrete Sleek (Foto: Evelyn Muller / Divulgação)
Outro revestimento composto de quartzo e polímeros, o caesarstone possui 48 cores diferentes como opção de acabamento, o que atrai muitos arquitetos e engenheiros. Assim como o Silestone, apresenta baixa absorção de líquidos, alta resistência a riscos e desgastes, mas não suporta panelas quentes. Um diferencial é que o fabricante oferece dez anos de garantia, um atrativo e tanto no mercado.
Nanoglass
Projeto do escritório NOP Arquitetura leva bancada em Nanoglass da Metamar (Foto: Foto: Raiana Medina / Divulgação)
Para quem busca aquela bancada branquinha e sem imperfeições, o Nanoglass é o material mais indicado. É composto de cristais de vidro e pó de mármore e, graças à nanotecnologia, foi possível eliminar as bolhas de ar formadas no processo de fabricação do Marmoglass e criar uma superfície homogênea.
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O Nanoglass apresenta baixa absorção de líquidos e alta resistência a desgastes e riscos, mas também não suporta temperaturas altas, então, nada de colocar a panela sobre a bancada, sob o risco de manchar ou até rachar.
Corian
Projeto do escritório ACF Arquitetura com bancada branca em Corian (Foto: Evelyn Muller / Divulgação | Produção Debbie Apsan / Divulgação)
Composto por minerais naturais derivados da bauxita e resina acrílica para unir as partículas e pigmentos especiais, o Corian é um material facilmente moldável, que permite esculpir qualquer formato e não apresenta emendas. Além disso , é encontrado em 27 cores, sendo um dos revestimentos mais versáteis para bancadas.
Ele absorve pouca água e é um pouquinho mais resistente ao calor que seus concorrentes, mas apoiar panelas quentes com frequência pode afetar seu brilho ou amarelar a superfícies. Mas se isso acontecer, é possível recuperá-lo com facilidade.
Neolith e Dekton
Projeto de Andrea Murao utilizou o Dekton na bancada em U (Foto: Foto: MCA Estúdio/Divulgação/Produção: Núria Uliana)
Se você está disposto a gastar um pouco mais por uma alta tecnologia, o Neolith e o Dekton podem ser as opções ideais. Como não levam resina em sua composição, são mais resistentes a altas temperaturas do que outros materiais sintéticos. Disponível em 15 cores, o Dekton pode apresentar várias opções de acabamento, inclusive, simulando o mármore. O custo ainda é bem elevado no Brasil, mas o fabricante oferece 10 anos de garantia.
Outras pedras naturais
Projeto da arquiteta Sandra Sayeg com bancada de ardósia cinza (Foto: Tuca Reinés / Divulgação)
Com as pedras naturais em alta, é possível que você esteja considerando inovar na bancada da cozinha. O problema é que, de forma geral, a resistência a riscos e impactos é menos do que o apresentado nos compostos e nas pedras mais tradicionais, como o mármore e o granito. Por isso, não costumam ser indicadas para o uso em bancadas de cozinha. Ainda assim, a ardósia é um exemplo que tem aparecido em alguns projetos, já que apresenta boa resistência ao calor e baixa absorção de líquidos e gorduras.
Cimento queimado
Projeto do escritório Doob Arquitetura com bancada em cimento queimado (Foto: Divulgação)
Outra opção que está em alta, mas não é exatamente indicada para bancadas de cozinha, é o cimento queimado. Com superfícies contínuas e acabamento adaptável, o material permite o recorte para cuba e cooktop, mas precisa ser impermeabilizado para o uso em bancadas, já que é muito poroso.
