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Pedras naturais podem revestir paredes e pisos externos, como no projeto do escritório F:Poles (Foto: Fávaro Jr. / Divulgação)
A especificação de revestimentos para áreas externas exige muita cautela. Isso porque, no piso ou nas paredes, eles estarão sujeitos às intempéries climáticas, incluindo raios UV, variação de temperatura e chuvas. A escolha de um material inadequado para este uso pode resultar em diversos problemas no pós-obra, como desbotamento, desplacamento, infiltrações, e até comprometer a segurança dos moradores.
As pedras naturais são uma opção muito visada para áreas externas. Elas são perfeitas para quem busca um estilo mais rústico e natural, além de oferecerem conforto térmico, variedade de cores e paginações. Contudo, nem toda rocha é indicada para este uso. Os mármores, por exemplo, são extremamente porosos.
Na hora de avaliar se um revestimento é indicado para piso externo, além da porosidade, é preciso ficar de olho no coeficiente de atrito, um parâmetro utilizado para medir a resistência do revestimento ao escorregamento. A lógica é simples: quanto maior o atrito, menor o escorregamento. Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), pisos antiderrapantes são aqueles que apresentam coeficiente de atrito maior ou igual a 0,4.
Se a área externa em questão é uma rampa muito inclinada ou borda de piscina, é recomendado optar por um coeficiente até mais alto, próximo ou maior a 0,7. Em áreas que oferecem menor risco, um piso com coeficiente de atrito entre 0,4 e 0,7 oferece a resistência ao escorregamento necessária, sem dificultar a limpeza.
Já na fachada, a pedra natural precisa ser resistente à insolação e à umidade. O clima do local irá influenciar diretamente na escolha: na praia, por exemplo, os materiais tendem a sofrer mais com a umidade, então, revestimentos com maior absorção podem ser um problema. Vale lembrar que fachadas de pedra tendem a aquecer o ambiente, mais indicadas para regiões temperadas ou frias.
A seguir, confira 10 pedras naturais para revestimento externo!
Granito
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Piso de granito em área externa (Foto: Pinterest / Reprodução)
Diferente do mármore, o granito é uma rocha pouco porosa, que pode ser especificada para áreas externas. Composto de quartzo, feldspato e mica, possui variadas cores e padrões, com veios e granulações distintas. É uma opção resistente a riscos, desgastes, alto tráfego e mudanças de temperatura. Contudo, sua versão polida é altamente escorregadia quando molhada, portanto, dê preferência a acabamentos texturizados para o piso.
Hijau
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Pedra hijau em parede da área externa (Foto: Arqplace / Reprodução)
A pedra hijau é a rocha vulcânica com maior aplicação na arquitetura, queridinha para revestir piscinas, graças à coloração esverdeada. Composta por mais de 80% quartzo, pode ser aplicada tranquilamente em áreas externas, incluindo pisos, paredes, fachadas, calçadas e garagens.
Apresenta alta resistência à umidade e abrasão, e é resistente aos raios UVA e UVB. Sua principal desvantagem está na manutenção e limpeza, pois é uma pedra que tende a absorver impurezas. Uma lavadora de alta pressão pode ser necessária quando aplicada em fachadas ou pisos de área externa.
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Miracema
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Pedra miracema em fachada externa (Foto: Rainha das Pedras / Reprodução)
A pedra miracema, também chamada de pedra lajinha, nada mais é do que um granito em sua forma bruta. Por não passar por nenhum tipo de polimento, apresenta uma aparência mais rústica e um custo menor. É possível encontrá-la em diversas cores, mas a mais comum é a cinza.
Você provavelmente já deve ter visto a miracema aplicada em calçadas. Graças à sua alta resistência mecânica, é muito comum utilizá-la em áreas externas, calçadas, garagens, caminhos rústicos, escadas e locais públicos.
Pedra Goiás
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Pedra Goiás em piso na área externa (Foto: Divulgação)
A Pedra Goiás também é composta predominantemente por quartzo, destacando-se por sua dureza e resistência. Por isso, seu uso mais comum é em áreas externas, em especial, bordas de piscina. Neste contexto, a rocha natural sai na frente de seus concorrentes por se tratar de um material atérmico, ou seja, não esquenta com facilidade, evitando queimaduras.
O revestimento possui face plana, porém áspera, reduzindo o risco de acidentes quando molhada. Por se tratar de um material natural, apresenta variações de tamanho e cor, em tons de verde e amarelo.
Pedra ferro
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Pedra ferro em fachada na área externa (Foto: Divulgação)
A pedra ferro, também conhecida como basalto, pedra topázio ou pedra pericó, tem origem vulcânica. Em seu processo de formação, passa por uma oxidação, razão pela qual é super resistente e utilizada em áreas externas, sujeitas a intempéries climáticas, como sol, chuva e ventos. No Brasil, seu uso mais comum é em fachadas.
Pedra madeira
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Pedra madeira em fachada na área externa (Foto: Divulgação)
A pedra madeira é uma rocha metamórfica, ou seja, formada através da transformação de outras rochas pré-existentes na natureza. Seu principal componente também é o quartzo, que lhe confere alta resistência. Assemelha-se à madeira pela coloração amarela e também confere um aspecto rústico e aconchegante.
Pode ser utilizada sem problemas em áreas externas, expostas às intempéries climáticas e alto tráfego. Como costuma ser aplicada em fachadas e paredes, é necessário levar em consideração as perdas ao entalhar. Além disso, essa instalação complexa exigirá uma mão de obra especializada para um resultado satisfatório.
São Tomé
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Pedra São Tomé em parede na área externa (Foto: Divulgação)
O revestimento, que recebeu esse nome por ser originário da cidade de São Tomé das Letras, em Minas Gerais, é considerado um quartzito, por conter arenito em sua composição. Apresenta alta resistência térmica e baixa porosidade, motivo pelo qual é amplamente utilizada em áreas externas, incluindo bordas de piscina.
Uma das principais vantagens da Pedra São Tomé é a sua resistência às intempéries climáticas, tanto sol, como chuva. Além disso, oferece mais segurança para áreas molhadas, já que tem um aspecto muito parecido com os porcelanatos antiderrapantes.
Pedra mineira
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Pedra mineira no piso da área externa (Foto: Divulgação)
A pedra mineira é um quartzito encontrado em abundância no estado de Minas Gerais. Muito confundida com a pedra São Tomé, ela possui uma superfície rugosa com baixa dureza e esfarela com a alta pressão, diferente da São Tomé, que apresenta uma superfície regular e lisa.
A Pedra Mineira é uma das pedras naturais mais utilizadas desde a década de 40, principalmente, em áreas externas residenciais, por ser atérmica e antiderrapante. Sua coloração mesclada vai do branco ao cinza, passando pelo bege e amarelo.
Pedra portuguesa
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Pedra portuguesa no piso de área externa (Foto: Divulgação)
Também conhecida como Mosaico Português ou piso Copacabana, a pedra portuguesa, como o próprio nome já diz, é originária de Portugal. Foi muito utilizada durante o século XIX para o calçamento de áreas externas. No Brasil, foi altamente aplicada em projetos urbanísticos, como o calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, em São Paulo.
O gosto por essa pedra deve-se, principalmente, ao número infinito de desenhos que ela permite criar, dependendo apenas da imaginação do aplicador. Hoje, sua principal aplicação é em áreas externas ou para criar pequenos detalhes em ambientes, como murais.
Seixos
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Seixos telados em parede na área externa (Foto: Divulgação)
O seixo ou pedra rolada é uma pedra dura, resistente, com uma pegada rústica e natural. Os seixos soltos são muito comuns no paisagismo, criando caminhos em áreas externas ou forrando canteiros e vasos em jardins. A partir de um interesse em aplicar a pedra como revestimento, surgiu o seixo telado. Ele é vendido em placas de tela, onde as pedras estão coladas uma ao lado da outra, facilitando muito o assentamento em paredes e pisos, dispensando a necessidade de colar pedra por pedra.