05 dezembro 2022 
Granilite: Conheça a história desse revestimento tão utilizado
(Foto: Divulgação)
Sucesso na década de 40, a história do granilite começa muito antes, do outro lado do oceano. Estamos falando do século XV, na Itália Renascentista, quando os nobres da região da Veneza utilizavam o mármore como principal revestimento para seus palacetes. As sobras deste mármore eram, então, aproveitadas por artesãos, que assentavam seus retalhos junto ao cimento.
Esteticamente, o revestimento já se assemelhava muito ao granilite que conhecemos, com os característicos caquinhos. Contudo, pela composição contar exclusivamente com fragmentos de mármore, este revestimento ficou conhecido, posteriormente, como Marmorite.
Foi só em meados do século XVII que a técnica se popularizou, com a utilização de outros fragmentos de pedras, como granito e quartzo na mistura. Este revestimento foi, então, batizado pelos italianos de Terrazzo, por ocupar vários terraços de Veneza.
O terrazzo chegou ao Brasil por meio dos imigrantes italianos, como uma alternativa mais barata ao mármore e ao ladrilho hidráulico. Por aqui, ficou conhecido como Granilite, por conta dos grânulos em sua superfície.
Como é feito o granilite?
(Foto: Casa Vogue / Reprodução)
O granilite é um revestimento feito a partir de uma mistura de cimento branco ou comum, areia e água. Ele é feito in loco, ou seja, moldado na própria obra. Leva pedras de diferentes tamanhos como granito, mármore, quartzo e outros minerais – até vidro.
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Com cores e texturas variadas, pode ser encontrado em sua versão polida, ideal para os interiores, lavado ou fulget. Nesta última, as irregularidades dos grânulos são mantidas, garantindo uma superfície áspera e antiderrapante. Para evitar acidentes, uma recomendação é não escolher o tipo polido para áreas molhadas.
Vantagens e desvantagens do granilite
Com uma boa execução, o granilite pode durar muitos e muitos anos. Por isso, mesmo quem não estava vivo na década de 40, tem essa impressão de “casa de vó” ao se deparar com granilites. Ainda hoje, muitas casas construídas naquele período continuam com o revestimento intacto.
Contudo, a formação de fissuras é muito comum no granilite, quando mal executado. Algo fundamental para evitar esse desgaste é realizar a cura completa e correta do granilite, que ocorre nos primeiros dias após a aplicação. Se evitada a perda de água necessária para a hidratação do cimento, o revestimento ganha muito em resistência mecânica.
Outras vantagens do granilite são a resistência à água e a versatilidade. Isso permite que o revestimento seja aplicado nos mais variados ambientes e estilos de decoração. Além disso, é possível criar granilites com fragmentos maiores ou menores, em uma infinidade de cores.
Como aplicar o granilite em diferentes estilos?
(Foto: Fieldwork / Divulgação)
Super versátil, como citado anteriormente, o granilite pode ser empregado em diversas propostas. Em um estilo mais clássico, é possível aplicar o revestimento em uma bancada, como um leve contraste para os armários brancos ou amadeirados.
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Já no estilo retrô, o granilite pode ser o centro das atenções no ambiente, revestindo piso ou paredes. As versões com grânulos pequenos e bem coloridos costumam ser mais utilizadas nessa estética vintage.
Os granilites mais suaves, com grânulos pequenos e massa neutra, também podem ser aplicados no estilo clean e minimalista. Agora, se a ideia é impressionar e compor uma estética contemporânea, aposte nos granilites com fragmentos maiores e massas coloridas.
