22 maio 2022 
Confira dicas para deixar seu imóvel alugado lindo e aconchegante
O piso laminado é uma excelente opção para imóveis alugados, como neste projeto da arquiteta Flávia Theodorovitz (Foto: Divulgação / Nathalie Artaxo)
Um imóvel alugado pode apresentar certos desafios durante a reforma. É natural que os proprietários estabeleçam algumas regras quanto às mudanças que podem ser feitas, principalmente, a nível estrutural. A troca de revestimentos costuma ser um ponto de conflito entre locatário e locador, além de ser um custo alto para quem não pretende adquirir posteriormente a casa ou o apartamento em questão.
CONFIRA: OS PRIMEIROS PASSOS PARA QUEM QUER REFORMAR
Isso não significa que é impossível imprimir sua personalidade ou revitalizar um imóvel antigo. Se a troca do revestimento está fora de questão, é possível negociar a pintura ou mesmo a instalação de outro piso sobre aquele já existente.
Mas lembre-se: qualquer mudança estrutural deve ser comunicada ao proprietário, que não é obrigado a aceitá-la. O importante é deixar documentado se é necessário devolver o imóvel no estado original ou não. A seguir, separei as principais soluções para quem deseja gastar pouco e dar uma nova cara ao lar em um imóvel alugado!
Piso sobre piso
O piso vinílico pode ser aplicado sobre outro piso, desde que ele esteja em perfeitas condições. Projeto de Barbara Dundes (Foto: Divulgação)
Quando a troca de pisos no imóvel alugado é impossível e você simplesmente não consegue conviver com o revestimento escolhido pelo locador, há a possibilidade de aplicar outro piso sobre aquele existente. Neste processo, é fundamental verificar as condições do piso antigo, que precisa estar perfeitamente aderido à base, sem partes ocas ou estufamentos.
Quanto ao novo piso, não há grandes restrições, sendo possível instalar cerâmicos, porcelanatos, rochas e materiais cimentícios. Mas o modelo mais escolhido para esta aplicação é o piso vinílico, em especial, o modelo clicado. Sua instalação é mais rápida, ele pode ser removido com mais facilidade e aplicado em outro lugar.
Em todos os casos, é importante solicitar uma vistoria a uma empresa de mão de obra especializada que vai fazer a instalação do produto. Por serem mais experientes eles vão conseguir analisar se vai ser possível a aplicação e fazer um orçamento mais adequado para esse tipo de serviço. Outro ponto importante é, quando necessário, utilizar uma argamassa indicada para piso sobre piso.
Pisos mais econômicos
Piso vinílico Dakota, da Eucafloor (Foto: Eucatex / Divulgação)
Reduzir o orçamento é fundamental ao reformar um imóvel alugado. Isso porque você está investindo em um bem que não lhe pertence e, muito provavelmente, não irá se beneficiar economicamente disso.
Para mim, as melhores opções em custo-benefício são os pisos vinílico e laminado. Por ambos reproduzirem madeira, eles são frequentemente confundidos, mas vale a pena entender as especificidades de cada material para tomar uma decisão mais acertada para o seu projeto.
Piso laminado Carvalho Ouro da Eucafloor (Foto: Eucatex / Divulgação)
O piso vinílico é feito de cloreto de vinila ou PVC. No mercado, é possível encontrar diversas opções de cores e texturas. Já o piso laminado é composto por diversas camadas de derivados de madeira, em larguras e comprimentos variados. Ele é coberto por uma resina melamínica e também dispõe de diversas cores, acabamentos e estampas.
Pintura
Abra-se para as possibilidades e experimente diferentes tons (Foto: Pixabay / Creative Commons)
Com um dos melhores custo-benefícios do mercado, a tinta é a principal alternativa para reformas baratas e sem quebra-quebra. Você pode abusar das cores em paredes e até no teto para trazer novos ares ao imóvel. Só tenha em mente a possibilidade de ter que pintá-las novamente da cor original ao devolver o imóvel.
Existem muitas tintas disponíveis no mercado e conhecê-las ajudará a definir o que você precisa. A mais comum para paredes de alvenaria internas e externas é a tinta acrílica. Feita à base de água, ela possui secagem rápida e é impermeabilizante, facilitando a limpeza, que pode ser feita com um pano úmido ou esponja.
Já a tinta esmalte é feita à base de óleo, ideal para uso em madeira, portas, rodapés e em metais como corrimão, mobiliários e pés de mesa. A tinta látex é uma opção apenas para paredes internas, com secagem rápida e pouco odor; enquanto a tinta epóxi é produzida a partir de resina plástica e possui alta resistência ao atrito, recomendada para locais com muito uso e desgaste tais como garagens e espaços comerciais. Outra opção em alta são as tintas ecológicas, desenvolvidas para reduzir o impacto no meio ambiente.
Você já deve ter notado que, além dos tipos de tinta e cores, existem diversos acabamentos: plano, texturizado, brilhante, acetinado, fosco, entre outros. A escolha correta do acabamento pode influenciar na limpeza e manutenção da pintura.
A pintura plana em áreas de circulação, por exemplo, pode dificultar a limpeza. Por este motivo, é comum vermos escadas e corredores texturizados. Já a tinta fosca é ideal para ambientes mais discretos, enquanto a tinta com brilho realça a textura da parede e é mais fácil de limpar.
Pintura sobre pisos e azulejos de cerâmica
A cozinha da Liniker, reformada por Paulo Biacchi, recebeu tintas especiais: no piso, na cor Saibro, da Luxens, e nas paredes, Terracota, da Suvinil, a mesma da geladeira (Foto: Victor Affaro / Editora Globo)
É natural que pisos e azulejos de cerâmica desgastem com o tempo. Pode parecer loucura, mas pintá-los é uma estratégia que vem sendo cada vez mais empregada por moradores, designers de interiores e arquitetos.
Por um preço muito menor, você pode pintar da cor desejada, dando uma aparência nova e um ar diferente à decoração. No caso dos revestimentos cerâmicos, a tinta mais recomendada é a epóxi. Produzida a partir de resina plástica, ela tem alta resistência ao atrito e é uma das mais versáteis, podendo ser aplicada em madeira, alvenaria, metais, pisos e azulejos.
A tinta epóxi possui duas variáveis: com base em solvente e em água. Para pintar revestimentos, a mais indicada é a esmaltada, com base em solvente, mas isso não exclui a possibilidade de utilizar a com base em água, mais prática para quem busca facilidade de limpeza.
Mas antes de sair pintando a cozinha e o banheiro, cheque com o proprietário se ele tem alguma restrição quanto a esta abordagem, já que ela não poderá ser desfeita!
Papel de parede
Papel de parede Arshile, da Murals Wallpaper, com sugestão de aplicação (Foto: Murals Wallpaper / Divulgação)
O papel de parede é uma excelente solução para locatários! Os modelos mais comuns são o adesivo e o colado. Embora não possam ser retirados e reaproveitados no imóvel seguinte, essa ainda é uma opção com bom custo-benefício e rápida execução quando comparada à troca de revestimentos.
O papel de parede líquido pode ter este aspecto similar a um tapete, por conta das fibras de algodão e seda em sua composição (Foto: Shopee / Reprodução)
Outra opção é o papel de parede líquido, este sim com a opção de reaproveitamento. Também comercializado como ecopaper, trata-se de um material composto, geralmente, por gesso, algodão ou fibras de celulose e seda. Ele deve ser misturado com água e, então, aplicado na parede com a ajuda de uma desempenadeira. Para retirá-lo, basta borrifar água, retirar o produto, espalhar sobre uma placa de vidro e esperar secar novamente. Assim, ele poderá ser reutilizado quando quiser.
Se você está preocupado com o orçamento, vale lembrar que não é necessário aplicar o papel de parede em todas as paredes do cômodo. Mesmo em uma única parede, já é possível alcançar um efeito bacana e não tão caro.
