Como escolher revestimentos para o box do banheiro? Confira dicas que vão te ajudar!

  Revestir o banheiro gera muitas dúvidas, principalmente, quando consideramos a parte interna do box. Este ambiente é considerado uma área molhada, pois o uso do chuveiro resulta na formação de poças ou lâminas de água. Esta é uma classificação extremamente importante na hora de revestir, levando em consideração a segurança e a vida útil […]

Lilian Revestindo a Casa
Calendario 02 abril 2022 Lilian Revestindo a Casa
Compartilhe:

Projeto do escritório Ficus Vimaden utilizou rejunte escuro entre os azulejos de metrô para disfarçar a sujeira (Foto: Jomar Bragança / Divulgação)

 

Revestir o banheiro gera muitas dúvidas, principalmente, quando consideramos a parte interna do box. Este ambiente é considerado uma área molhada, pois o uso do chuveiro resulta na formação de poças ou lâminas de água. Esta é uma classificação extremamente importante na hora de revestir, levando em consideração a segurança e a vida útil daquele piso ou parede. 

CONFIRA: 36 IDEIAS DE BANHEIROS COLORIDOS PARA VOCÊ SE INSPIRAR

Coeficiente de atrito

No caso do box, o critério básico é escolher um piso que não seja escorregadio. Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), ele deve apresentar coeficiente de atrito maior ou igual a 0,4. Esta informação costuma ser encontrada na descrição do produto, feita pelo fabricante. 

Esse índice determina o nível de segurança da superfície ao escorregamento quando há presença de líquidos. Quanto maior o coeficiente, mais áspero é o piso. 

 

  • Pisos com coeficiente de atrito < 0,4: recomendados para instalações normais, que não demandam maiores cuidados com segurança;
  • Pisos com coeficiente de atrito entre 0,4 a 0,7: recomendados para locais onde se requer resistência ao escorregamento;
  • Pisos com coeficiente de atrito > 0,7: recomendados para locais onde o risco de escorregamento é muito intenso, como próximo a piscinas, em rampas, degraus, banheiros e áreas externas. 

 

No caso do box do banheiro, o mais indicado é que o piso, principalmente do boxe, tenha um coeficiente entre 0,4 e 0,7, evitando o escorregamento, sem comprometer a limpeza. Isso porque superfícies mais rugosas tendem a acumular sujeira, um problema sério quando falamos em salas de banho. 

Projeto da arquiteta Flavia Cardim e do designer de interiores Alison Limontt com pastilhas hexagonais e rejunte escuro (Foto: Divulgação)

 

Porosidade

Os revestimentos também devem ser avaliados conforme o grau de absorção de água. Além de ser um aspecto fundamental para áreas molhadas e molháveis, a porosidade influencia diretamente na resistência mecânica daquele revestimento. 

Os porcelanatos, e algumas pedras industrializadas (como o dekton, por exemplo)  lideram a lista de materiais menos porosos, enquanto as demais peças cerâmicas são divididas em Grês, Semi-Grês, Semi-porosos e porosos. 

 

  • Porcelanatos: baixa absorção – resistência mecânica alta (BI a – de 0 a 0,5 %);
  • Grês: baixa absorção – resistência mecânica alta (BI b – de 0,5 a 3%);
  • Semi-Grês: média absorção – resistência mecânica média (BII a – de 3 a 6%);
  • Semi-Porosos: alta absorção – resistência mecânica baixa (BII b – de 6 a 10%);
  • Porosos: alta absorção – resistência mecânica baixa (BIII – acima de 10%). 

 

Os mais indicados para o box do banheiro são os com menor grau de absorção de água, tanto para paredes, como para pisos. Hoje, a maioria das cerâmicas que encontramos no mercado são classificadas como Grês ou Semi-Grês. E é muito importante você se atentar a essas informações, pois já vi muitas pessoas comprando pisos considerados grês achando que se tratava de um porcelanato. Portanto, peça sempre essa informação para o seu vendedor.

Segundo a norma brasileira NBR15575 – Edificações Habitacionais – Desempenho, as áreas molhadas também devem receber impermeabilização e ser totalmente estanques e impedir a penetração de água. 

 

Projeto assinado pelo escritório Schuchovski Arquiteturao revestido com porcelanato (Foto: Eduardo Macarios / Divulgação)

 

Dicas de ouro

Na área do box, aconselho sempre revestir com placas, seja porcelanato, pedras naturais, pedras sintéticas, cerâmicas, ladrilhos ou pastilhas. Esta é uma região em contato constante com água e produtos químicos, como sabonetes e shampoos. Além disso, é mais propensa a infiltrações, umidades e, consequentemente, o mofo. Por isso, nunca indico tintas nesta parte molhada. 

Já as pastilhas são super queridas no box, mas sua aplicação também requer atenção. Existem muitos acabamentos que são mais escorregadios e não recomendados para o piso do boxe, existe outra válida preocupação quanto aos rejuntes que, com o tempo, vão escurecendo. Uma dica é apostar em cores que não sejam tão claras – assim conseguirá “camuflar” as terríveis manchinhas que aparecem. 

E nunca esqueça de analisar se o cliente não se incomoda com a quantidade rejunte. Já vivenciei inúmeros casos de clientes que não curtem o excesso de juntas e depois ficam insatisfeitos com o resultado final. 

 

Quer saber mais sobre como escolher revestimentos para banheiros?

 

Lilian Revestindo a Casa
Calendario 02 abril 2022 Lilian Revestindo a Casa

Leia também

Siga-nos no instagram

@revestindoacasa

Lilian Santos

Lilian Santos

CEO do Revestindo a Casa

Sou formada em Design de Interiores e Marketing, e especialista em revestimentos. Durante muitos anos, trabalhei em empresas especializadas do segmento e compartilho todos os segredos deste universo por aqui. Ainda ministro cursos, palestras e consultorias sobre o assunto, além de integrar o time de colunistas da Casa Vogue.

Ver mais