Home theater: Da iluminação a escolha certa dos móveis, a arquiteta Aiê Tombolato compartilha seu processo para conceber uma sala perfeita
Reunir amigos e familiares em frente à TV para aproveitar uma ‘sessão cinema’ em casa é um dos programas mais deliciosos para curtir aos finais de semana. Mas, para realmente ser uma experiência positiva – e impressionar os convidados – a sala tem de ser bem projetada. A escolha de móveis versáteis e a distância apropriada entre o sofá e a telinha são alguns dos pontos que precisam ser levados em consideração para criar um home theater aconchegante e convidativo. A partir de seus próprios projetos, a arquiteta Aiê Tombolato conta como desenhar o espaço perfeito.
São diversos os fatores que influenciam o resultado de um home theater e/ou living bem funcional e bonito. Primeiramente, Aiê esclarece que o espaço pode desempenhar o papel duplo de um ambiente aconchegante e ideal para acompanhar filmes, séries e esportes, e uma área social, para bem receber as visitas. “Depende muito da personalidade do morador daquilo que é almejado. Talvez alguns prefiram uma sala de TV à parte, enquanto outros priorizem essa combinação, que é cada vez mais comum e excelente para otimizar o layout”, explica a arquiteta.
Segundo ela, cinco detalhes que devem ditar o desenvolvimento desse aspecto do projeto. Acompanhe:
1. Iluminação
Não tem nada pior do que tentar assistir televisão e encarar o seu próprio reflexo na tela. A atenção com a incidência de luz, seja ela natural ou artificial, é essencial para definir o mood do ambiente. No caso de janelas, cortinas e persianas são um ótimo recurso para amenizar a claridade, especialmente nos momentos mais intensos do dia. Já com spots, o melhor é evitar que eles sejam direcionados diretamente para a tela.
Dica de ouro: luzes quentes são ótimas para áreas com TVs, dando aquela sensação de aconchego e acolhimento.
2. Tamanho da televisão e posicionamento do sofá
Para que não haja desconforto e, até dores no pescoço ou nas costas, durante esse momento de descontração, o eletroeletrônico precisa ser posicionado em uma distância adequada do sofá. Esse afastamento vai depender das dimensões da TV, mas os próprios fabricantes sugerem a medida, baseando-se na profundidade da tela. De acordo com a arquiteta, é fundamental respeitar esse parâmetro.
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3. Distância entre móveis
A disposição do mobiliário deve fluir bem, prezando pela funcionalidade de cada peça e pelo espaço de circulação, especialmente quando houver a movimentação de vários convidados.
Um detalhe que exemplifica a questão da serventia dos móveis é a mesinha de centro: se ela se encontra muito afastada do sofá, perde a praticidade, pois as pessoas não conseguem facilmente alcançar os aperitivos e bebidas disponíveis ali. Como regra, Aiê gosta de usar um distanciamento máximo de 60 cm.
4. Mobiliário versátil
Quem realmente gosta de recepcionar e está sempre com os amigos em casa, com certeza se beneficiará ao apostar em móveis multifuncionais, como um banco que pode servir, também, de mesinha de apoio – afinal, essas superfícies são sempre as mais procuradas, para deixar algum item pessoal ou acolher um prato de comida. No mercado, pequenas mesas de encaixe que conseguem mudar de lugar, dependendo da disposição da sala, permitem que o ambiente se adapte às necessidades daquele momento.
5. Conforto
O último item desta lista, porém, o de maior importância: para a arquiteta, não tem nada mais significativo do que o investimento em peças confortáveis, que abraçam e acolhem. Seja no sofá e nas poltronas ou em pequenos detalhes, como o tapete – nessas ocasiões descontraídas, o chão acaba se tornando o ‘cantinho’ escolhido por alguns convidados –, e as almofadas, esse aspecto é a estrela-guia do décor de um bom home theater. Afinal, são duas ou mais horas que serão passadas em frente à telinha.
Aiê Tombolato
Av. Nove de Julho, 4939 – Itaim Bibi, São Paulo
(11) 99232-0585
www.aietombolato.com.br
Sobre Aiê Tombolato
Tudo começa com um porquê, uma razão de ser. Para Aiê Tombolato, a arquitetura é a chance de proporcionar às pessoas bem-estar e acolhimento através de uma solução cuidadosa do espaço e empática em relação ao cliente. Enxerga a arquitetura como uma atividade humanizada. Ao lado de métricas, geometrias e plantas, os projetos precisam estar a serviço das pessoas e não as pessoas reféns de projetos que pouco espelham seus desejos.