12 julho 2022 
“Café Modernista” o espaço possui inspiração no modernismo e na arquitetura do Conjunto Nacional
Fotos: Monica Assan
A arquitetura do Conjunto Nacional, local que recebe a edição especial que celebra os 35 anos da CASACOR São Paulo, foi a principal inspiração para a concepção do “Café Modernista”, ambiente que marca a estreia da arquiteta Priscila Cox na maior e mais completa mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo das Américas, que acontece de 05 de julho a 11 de setembro.
Com 210m² de área interna e varanda, o ambiente irá abrigar a Dona Deôla, um dos cafés mais badalados, e que já se tornou ponto de encontro durante a CASACOR. O modernismo se faz presente em todo o projeto, ora na esquadria da fachada, com suas linhas e proporções que percorrem o espaço interno, ora na escolha dos mobiliários e paleta de tons com grande influência do estilo Bauhaus e suas cores primárias, com predominância do azul, além do vermelho em detalhes da tapeçaria e o amarelo na marcenaria.
Fotos: Monica Assan
“É meu primeiro ano na CASACOR e essa estreia acontece justamente em uma edição comemorativa, num local tão emblemático e inspirador. Para esse projeto pensei em criar um espaço onde os visitantes da mostra se sentissem atraídos a ficar e contemplar a união da arquitetura, design e gastronomia de forma harmoniosa e acolhedora”, conta a profissional.
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Fotos: Monica Assan
O Café Modernista possui capacidade para 56 pessoas acomodadas em mesas internas e externas, quatro lugares no balcão, dez em bancos extras que podem ser alocados junto às mesas, além de sofás e poltronas com mesas de apoio.
Por ser um ambiente 100% funcional, a fluidez é um elemento essencial, por isso, para não gerar aglomeração na área do balcão, a solução da arquiteta foi deixá-lo mais centralizado, com mesas ao fundo e a entrada dividida entre mesas e um lounge que pode ser usado como espera ou para refeições curtas.
Fotos: Monica Assan
Com a ideia de mostrar o espaço original e manter a laje aparente, a iluminação foi um grande desafio, tanto o desenho quanto a potência. A arquiteta optou por usar grandes perfis de led correndo por toda a laje, trazendo uma potência muito bem calculada dado ao pé direito alto e paredes escuras. A ideia é que a iluminação não ficasse nem muito clara, nem muito intimista. O acesso direto a uma varanda interna do Conjunto Nacional, que apesar de não ter iluminação natural, traz ventilação e ajuda na circulação de ar, ficou ainda mais convidativa com o verde trazido pela paisagista Marianne Ramos.
Todas as peças da área da varanda são de autoria da arquiteta Priscila Cox. Os mobiliários da “Linha Geométrica” foram desenhados com inspiração nos traços da Poltrona Red and Blue, característica do Bauhaus, com elementos mais curvos e cilíndricos. A Mesa Cone, por exemplo, traz um tampo de vidro onde é possível observar um tampo côncavo. As cores seguem as mesmas do restante do projeto, azul, com linhas claras que proporcionam leveza e movimento.
Fotos: Monica Assan
Outras peças de design e obras de arte também merecem destaque, como a Cadeira Baru do designer Wilson Romão; quadros do artista plástico baiano Goca Moreno; desenhos do arquiteto José Ricardo Basiches; quadros da Elipê Tapeçaria, com os pontos da Casa Caiada; quadro BCN Fiesta Camo, de Felipe Yung – Flip; e a Poltrona Moeda, assinada por Zanini de Zanine, que possui o mesmo desenho de “moeda” do guarda-corpo do Conjunto Nacional, além de ser uma homenagem ao pai, Zanine Caldas, maquetista do Conjunto Nacional.
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Fotos: Monica Assan
“Logo na entrada, posicionei a “Mesa de Luz”, que me acompanhou desde a época da minha formação profissional e agora estará disponível para que os visitantes possam se arriscar a desenhar, brincar e se sentir um pouco na época do modernismo, onde os desenhos eram feitos a mão”, finaliza Priscila.
