Está aberta mais uma temporada de CASACOR, mostra de arquitetura, design de interiores e paisagismo que acontece em vários estados brasileiros. De 18 de julho a 12 de setembro, Florianópolis sedia a Casacor Santa Catarina 2021. A exposição aberta ao público conta com 21 projetos voltados para o tema A Casa Original.
Seguindo todos os protocolos sanitários, como o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel e o distanciamento, a CASACOR Santa Catarina Florianópolis está instalada no Espaço +UM, mas também é possível ter acesso ao tour digital no site (www.casacor.abril.com.br). Nesta edição, os projetos são assinados por profissionais veteranos e estreantes de cidades como Joinville, Blumenau, Balneário Camboriú, Criciúma, Itajaí e Floripa.
Confira os 21 ambientes da Casacor Santa Catarina, a seguir!
Wine Bar Pra lá de Marrakech, de Alessandra Casagrande
A designer de interiores Alessandra Casagrande apresenta um espaço sofisticado, caloroso e cheio de memórias sensoriais. No Wine Bar Pra lá de Marrakech, que funciona como uma das operações de gastronomia durante a CASACOR Santa Catarina, a suavidade da iluminação inspira conversas mais intimistas, regadas a um bom rótulo. Toda a riqueza, a cultura e a exuberância da “Paris do Saara” foram transpostas para o projeto, quase cenográfico.
Lounge de Entrada e Bilheteria, de Ana Lins e Iara Rosas
Para que o acesso à mostra respeite o distanciamento social, um feixe de luz conduz a fila até a entrada. Já no átrio, o público é direcionado ao Espaço da Água, onde pode higienizar as mãos em pias funcionais. O banco retângulo na composição receptiva remete ao modernismo, com suas linhas puras que lembram o conceito Bauhaus.
Rooftop 20 | 21, de Ana Trevisan, Paisagismo + Arquitetura
Com 400 m², o Rooftop 20 | 21 valoriza uma atmosfera cosmopolita e contemporânea para apresentar espaços que estimulam e convidam à convivência ao ar livre. Tudo, emoldurado pela vista das encostas verdes e da baía de Santo Antônio de Lisboa. No jardim, destaque para as espécies que exaltam a tropicalidade, explorando texturas, cores e flores.
Quem cria nasce todo dia, de Ana Trevisan, Paisagismo + Arquitetura
O estacionamento de 270 m² foi transformado em uma praça para receber aqueles que chegam na mostra, também por Ana Trevisan. Os cubos dispostos fazem uma analogia com o momento presente, onde precisamos nos refugiar em nossas casas. Os bancos sinuosos, peças assinadas pelo arquiteto Jaime Lerner, fazem um convite a uma pausa. Combinações de espécies nativas e tropicais ambientam o jardim.
Sala Íntima da Arquiteta, de Anna Maya
Inspirada nas suas referências de viagens, arte e história, Anna Maya criou a Sala Íntima da Arquiteta, um espaço que une living e home office, ideal para trabalhar informalmente, estudar, estimular a criatividade e também para ouvir uma boa música e ler um livro. Um ambiente contemporâneo e despojado, onde as cores em tons quentes contrastam com os elementos e plantas naturais.
Espaço Plural, de Beto Gebara e Marila Filártiga
Como o próprio nome diz, o Espaço Plural contará com múltiplas atividades, mas totalmente contextualizadas ao momento. Abriga o bistrô e a choperia em um ambiente amplo, que permite o distanciamento e proporciona segurança. Na composição, destaque para os valores de uma cultura regenerativa, que proporcionam impactos positivos ao meio ambiente e também à sociedade.
Café +UM, de Emanuella Wojcikiewicz Studio
O café, outra operação gastronômica na mostra, traz uma arquitetura de tons claros, poética e leve, para momentos de serenidade na hora do consumo dos alimentos ou mesmo de uma leitura. O estilo japandi entra como referência, sendo potencializado com recursos da arquitetura brasileira: o uso de madeiras de reflorestamento, concreto armado e vegetação nativa. A cor cria seu manto através da luz neon, criando uma ambiência sensorial.
Casa Pormade, de Fabio Vitorino Arquitetura e VK Arquitetos
A Casa Pormade traduz uma casa contemporânea, com ambientes amplos e integrados para viver e compartilhar bons momentos diários. Chama a atenção o living, com sala de jantar e cozinha. Os tons de branco e preto harmonizam naturalmente com os painéis amadeirados e toques pontuais de dourado.
Loft 2021, de Fernanda Eicke
O ambiente surge com a proposta de firmar aquilo que destacamos nos projetos: conforto, funcionalidade e atemporalidade. O Loft 2021 é composto por um estar, cozinha gourmet, área externa e banheiro, mas escolhi destacar o dormitório com office integrado, super alinhado com os tempos atuais.
Casa Yugen DECA, de Gabriel Bordin
Yugen, palavra que dá nome ao espaço, destaca um importante conceito da estética tradicional japonesa. É expressão de profundidade, daquilo que não pode ser traduzido. Resultado da contraposição da sombra com os intervalos de luz, a Casa Yugen faz um convite não verbal ao espaço em que se pode vislumbrar a beleza do mistério do universo e de nossa condição humana.
[meu.coração.queima], de Jeferson Branco
O projeto busca na casa popular brasileira a inspiração em elementos de decoração tradicionais que fazem contraste com acabamentos de alto padrão. O ambiente provoca questionamentos sobre a desigualdade social atual no país por meio de uma linguagem de design high-low. Marcas ou produtos de alto valor se misturam a acessórios e acabamentos de baixo custo de maneira proposital.
Camadas Brasileiras, de Juliana Pippi
No tempo dos significados, o Living Camadas Brasileiras é um ambiente movimento, de criações e fabulações do mundo que é visto, tocado e praticado. O reflexo do Brasil aparece em muitas composições, texturas, materiais e cores para possibilitar múltiplas sensações naqueles que adentram o espaço.
Casa de Aromas, de Leandro Sumar
Em um ambiente monocromático onde não se distinguem cores e estilos, é notável a harmonia entre os elementos usados. Na Casa de Aromas, o objetivo é despertar e instigar sensações, visuais e olfativas, através das fragrâncias. A estrutura metálica aparente vai ao encontro dos acabamentos sofisticados. As molduras em gesso e as pedras brutas naturais completam o cenário.
Loft Íris, de Maria Graziella Oliveira e Allan Chierighini
Idealizado no conceito dos lofts americanos dos anos de 1950, o projeto valoriza ambientes amplos e cada espaço foi projetado no conceito multifuncional para uma casa original. Destaque para a biofilia através da escolha de materiais.
Respiro, de Mariana Maisonnave
No living gourmet Respiro, Mariana instiga os visitantes à necessidade de uma pausa e tomada de consciência, para o encontro do equilíbrio. Ao buscar o fundamental, o minimalismo se materializa na presença de peças essenciais. O projeto promete uma verdadeira experiência sensorial.
Cosmopolitan Loft, de Mariana Pesca Arquitetura
O Cosmopolitan Loft foi pensado para uma mulher contemporânea, universal, empoderada e dona de si. A singularidade do ambiente de 78 m² aparece no uso comum da madeira no teto, painéis e mobiliários, numa simbiose com as artes.
Loft Naturalle, de Michael Zanghelini
O Loft Naturalle faz um resgate à ancestralidade com elementos naturais como o mármore, madeira e couro. Ganha destaque também uma composição com peças de design, objetos de valor afetivo e obras de arte. O projeto deixa em evidência a estética natural, mas com soluções tecnológicas.
Veredas Autoria Design, de Natália Xavier
A sala de estar e jantar com 70 m² faz uma homenagem a uma das maiores obras da literatura nacional: Grande Sertão Veredas. A associação está presente na cor da tinta, Grandes Sertões e nas peças assinadas por designers brasileiros Aristeu Pires, Ronald Sasson, Maria Cândida Machado, Arthur Casas, Alfio Lisi e Lairana.
Quarto Suna Reveev, de Osvaldo Segundo & Arquitetos Associados
O quarto Suna, que significa “areia” em japonês, busca calma e fluidez. O minimalismo combinado ao tradicional, desperta um descanso para o olhar e respiro para a mente. Uma mistura de muitas sensações, a partir de um item que é o centro das atenções: a cama ergonômica, inteligente e também peça de design.
Casa dos Pássaros, de Tufi Mousse
O projeto da Casa dos Pássaros conta com um grande lounge, com sala de estar e cozinha integradas. As paredes em ripas profundas, estruturadas para gerar apoio às memórias da casa, trazem a sensação do infinito ao olhar de um pássaro que busca o horizonte.
ATrajetóriah!, de Vanessa Buonomo e Gabriela Bosco Dutra
Os espaços de circulação da mostra levam a alegria das cores e da arte para dentro de casa, bem como o aconchego da madeira e das tramas. Para deleite dos passantes, uma variedade de obras de diferentes artistas de rua. No projeto aparece também o valor agregado da sustentabilidade, que já está no DNA do trabalho realizado pelo escritório.